O cachorro no lixo

Os que me conhecem sabem o quanto eu gosto de cachorros. Sei lá, o jeito dos bichos, algo neles me deixa feliz.
Recentemente (23/10/2007, pra ser preciso), aconteceram 2 coisas essencialmente estranhas.

Chu, meu cachorro, fugiu. Bem, isso não é essencialmente estranho. Estranho foi o fato de ele ter percorrido cerca de 4km, através da cidade inteira, para visitar a casa onde moram meus avós e minha tia. Aí tem uma imagem do provável trajeto do canino:



Quando eu voltava da casa dos meus avós, trazendo Chu, deparei-me com uma cena inusitada. Sra. Preco e algumas outras meninas estavam em volta de algo marrom. Não dava pra ver direito, mas na hora pensei ser um animal morto. O bicho quase não se mexia, não tinha pêlos na pata nem no rabo, completamente empesteado.

Demos um pouco de leite pro bichinho, pra ver se ele se mexia. A seguir, colocamos ele em um outro lugar, pra ver se alguma alma caridosa cuidaria dele. Já tínhamos um cachorro, seria difícil cuidar de outro, pelas nossas condições financeiras e de espaço, principalmente.

Algum tempo depois, coisa de meia hora, Sra. Preco foi ver o que tinha acontecido com o animal. Quando perguntou sobre o paradeiro dele, a alma caridosa respondeu "ó, tá aqui dentro desse saco". Um saco plástico, de mercado, devidamente fechado e pronto pra ir pro lixo.


Diante disso (e de apelos calorosos), resolvi trazer o bicho pra dentro. Hoje ele se chama Chocolate, tem pouco mais de 7 meses, é chato pra caralho e morde qualquer coisa que passe pela frente. Como todo cachorro deveria ser.